Minha filha de quatro anos tem um amigo imaginário, chamado João. Esse João é o responsável por todas as coisas que ela faz ou nega que faz.
Foi João quem ensinou a Elisa a patinar no gelo, como os atletas que vimos brilhar em Vancouver, pela TV. Ele, sendo "fraquinho", caiu no chão, e a Elisa caiu por cima.
Diz ela que João é japonês. Agora disse que ele nasceu em Minas Gerais - "onde eu nasci", completou. Quando eu quis saber como poderia encontrá-lo, ela se saiu bem: "João morreu". Para emendar: "Mas disse que vai voltar".
Foi João quem ensinou a Elisa a patinar no gelo, como os atletas que vimos brilhar em Vancouver, pela TV. Ele, sendo "fraquinho", caiu no chão, e a Elisa caiu por cima.
Diz ela que João é japonês. Agora disse que ele nasceu em Minas Gerais - "onde eu nasci", completou. Quando eu quis saber como poderia encontrá-lo, ela se saiu bem: "João morreu". Para emendar: "Mas disse que vai voltar".
Tudo que nós falamos, Elisa diz que João já fez. Esse João é uma capacidade! Que pessoa polivalente!
Certo dia, minha esposa usou da mesma tática: ao ser perguntada por Elisa acerca de umas batatas fritas, Miriam disse que João havia comido. O que Elisa diria? Que João não existe? Mas, como, se ele é seu melhor amigo, comedor de batatas fritas, patinador no gelo, dono de tudo que se possa pensar, cheio de ideias e experiências? Só que a menina é esperta: "Eu não vi João por aqui..."
Dizem que isso é normal. Crianças nessa idade têm amigos imaginários. Eu não lembro de ter feito uma amizade dessas. Vai ver eu não lembro porque meu amigo era real demais. Como posso lembrar de um amigo imaginário se ele era real para mim?
Por falar nisso, dia desses eu falava ao telefone com o amigo João Armando - esse existe mesmo - e minha esposa perguntou: "Você chama seu amigo de João Armando ou de João"? Eu disse que o chamo de João. Ao que ela respondeu: "Se a Elisa ouviu você falando, deve ter achado que João existe mesmo". Eita! Lá vamos nós entrando nessa seara de existe/não existe. Para as crianças, nada é impossível.
Eu creio em João. João existe!
Certo dia, minha esposa usou da mesma tática: ao ser perguntada por Elisa acerca de umas batatas fritas, Miriam disse que João havia comido. O que Elisa diria? Que João não existe? Mas, como, se ele é seu melhor amigo, comedor de batatas fritas, patinador no gelo, dono de tudo que se possa pensar, cheio de ideias e experiências? Só que a menina é esperta: "Eu não vi João por aqui..."
Dizem que isso é normal. Crianças nessa idade têm amigos imaginários. Eu não lembro de ter feito uma amizade dessas. Vai ver eu não lembro porque meu amigo era real demais. Como posso lembrar de um amigo imaginário se ele era real para mim?
Por falar nisso, dia desses eu falava ao telefone com o amigo João Armando - esse existe mesmo - e minha esposa perguntou: "Você chama seu amigo de João Armando ou de João"? Eu disse que o chamo de João. Ao que ela respondeu: "Se a Elisa ouviu você falando, deve ter achado que João existe mesmo". Eita! Lá vamos nós entrando nessa seara de existe/não existe. Para as crianças, nada é impossível.
Eu creio em João. João existe!
Um comentário:
Pois é, eu tô aqui mesmo... podes crer!
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