"O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios" (Os 4.2).
Há nisso alguma (des)semelhança com o Brasil? Não é aqui a terra da mentira, da desonestidade, da perversão, do homicídio, dos sequestros, dos roubos? Mas se trata de uma afirmação do profeta Oséias, no Séc. VIII a.C., sobre Israel, o Reino do Norte - e que se ajusta perfeitamente ao nosso País.
O povo brasileiro é desonesto, salvo honrosas exceções. Ele fura fila, sonega impostos, paga propina, desrespeita regras de trânsito, busca desvios legais, compra facilidades na mão do burocrata, promove a pirataria, reelege políticos corruptos e presidentes cercados de corruptos, mas que de nada sabiam...
O povo brasileiro gaba-se de ser honesto, mas onde está a honestidade de um povo desses? Ele a escondeu debaixo do tapete, junto das maracutaias que pululam diariamente nos jornais? O cinismo cega o desonesto.
Tenho para mim que os pecados andam juntos. Será que o fato de deputados e senadores enganarem suas esposas com amantes não tem nada a ver com nada? Será que devo aceitar o fato de que o mesmo ministro de tribunal superior que hoje julga casos importantes é aquele que trai a confiança de sua esposa e é injusto com seus filhos?
Como admitir um juiz ou acusador público que se apresenta como paladino da justiça e em casa é reprovado por seus familiares?
Como suportar emissoras de TV que falam de moralidade na política e envenenam lares com mentiras, fraudes, adultérios e violência?
Será que sou um tolo moralista ao pensar assim?
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