segunda-feira, 21 de julho de 2008

Rememorando os fundamentos da Fé Cristã

O Deus que Se revelou na Bíblia é Supremo e criou os Céus e a Terra, bem como sustenta todas as coisas (Gn 1.1; 14.19; Jó 38 e 39[1]; Sl 8; 19.1; 24.1,2; 136.1-9[2]; Is 45.8-12, 18; Jo 1.1-3; At 17.24-29; Hb 11.3; Ap 4.11).
O Deus da Bíblia é Único (Dt 6.4; Is 44.6-8; 45.18, 21, 22; I Co 8.4-6; I Tm 1.17; 2.5). Conforme a Escritura Sagrada não existem outros deuses. Deus é adorado por anjos e seres humanos que O conhecem. A Criação e Sustentação dos homens, animais, vegetais, minerais e de todo o Universo é atribuída, pela Bíblia, ao Único Deus.
Deus é um só em essência e substância, e subsiste eternamente em três Pessoas, a saber, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Não se trata de modalidades do mesmo Deus nem de formas sucessivas de manifestação divina, mas do Deus Único que subsiste eternamente em três Pessoas.
Considerando que a distância que separa o homem do Grande Deus é enorme, como podemos reverenciá-lO diretamente? Essa pergunta é a mais importante que pode existir. Vejamos como a Bíblia a responde:
Deus é transcendente, mas também é imanente. Ele é Altíssimo, mas Se ocupa dos assuntos dos homens e intervém na História (Sl 57; Is 56.15).
Deus interveio na História de duas maneiras principais: a Revelação de Sua Palavra e o envio de Seu Filho ao mundo.
A Revelação aconteceu por meio da Inspiração de cerca de 40 escritores ao longo de mil e quinhentos anos, mais ou menos. Eles foram santos homens de Deus que, movidos pelo Espírito Santo, escreveram o que Deus lhes ordenou (II Tm 3.14-17; I Pe 1.11,12; II Pe 1.19-21; 3.15,16). Isso não tem nada a ver com mediunidade nem psicografia, mas se define como Inspiração Verbal, em que Deus usou, de maneira misteriosa e excelente, a personalidade, biografia, cultura, estilo e conhecimento de cada autor para redigir a Palavra divina aos homens.
O envio de Cristo ocorreu por obra do Espírito Santo, tendo Ele nascido de uma virgem (Mt 1.18-25; Lc 1.26-38; 2.1-7). Muitos séculos antes, profetas haviam anunciado a Sua vinda (Gn 3.15; Dt 18.18,19; Is 9.6; Mq 5.2), bem como o propósito de Sua missão e Seu sofrimento (Sl 22; Is 53).
Jesus foi enviado ao mundo, e por isso tem o título de Cristo, termo grego equivalente ao hebraico Messias, que significa enviado, ungido. Seu nome é Jesus, que significa Salvação de Deus (Mt 1.21).
Jesus Cristo veio em carne – a isso se dá o nome de “Encarnação” (Jo 1.14; I Tm 3.16; Hb 2.14; I Pe 1.12; I Jo 1.1-4; 4.2,3).
Jesus Cristo foi tentado em todas as áreas da vida, mas não pecou jamais (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13; Lc 4.1-13; Hb 2.18; 4.15).
Jesus Cristo veio ao mundo oferecer remissão (perdão) de pecados (Lc 5.17-26), Sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28; Jo 10.17,18), adoção de filhos (Jo 1.12; Rm 8.14-16; Gl 4.4-6), vida espiritual abundante e eterna (Jo 10.10; Rm 8.1-11; Ef 2.1, 5), justificação gratuita mediante a fé (Rm 5.1,2; 8.1), regeneração ou novo nascimento (Jo 3.3-5; Tt 3.5; I Pe 1.3), convite dos pecadores ao arrependimento (Mt 9.13), Salvação gratuita, mediante a fé, para a prática de boas obras (Ef 2.8-10), e a condição de herdeiros de Deus (Rm 8.12-17).
Jesus Cristo morreu pelos pecadores (I Co 15.3).
Jesus Cristo ressuscitou, apareceu a muitas testemunhas e foi assunto ao Céu (Mt 28; Mc 16; I Co 15.1-8).
Para reverenciar a Deus diretamente, é necessário aceitar, pela fé, o sacrifício vicário e substitutivo de Jesus Cristo, Seu Filho, na Cruz, por nossos pecados. É preciso nascer de novo (Jo 3.3-5), o mesmo que ser regenerado (Tt 3.5).
O sacrifício é vicário porque é substitutivo. O sacrifício é expiatório porque tem a função de perdoar pecados. A condenação era dirigida para todos os seres humanos, mas Jesus tomou o nosso lugar e morreu por nós.
Jesus Cristo intercede pelos pecadores (Is 53.12).
Jesus Cristo é o Mediador entre Deus e os homens (I Tm 2.5).
Jesus Cristo veio reconciliar o mundo (as pessoas) com Deus (II Co 5.18).
Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6).
Jesus Cristo tem em si, corporalmente, a plenitude da Divindade (Cl 2.9).
Jesus Cristo é o Filho de Deus (Jo 5.17,18; Hb 1.3; 3.6; 4.14; Rm 8.3), o que significa que Ele tem a mesma natureza de Deus. A palavra huios, do grego, quer dizer “filho” e aparece duas vezes no Evangelho de João referindo-se exclusivamente a Cristo. Quando se trata de se referir a outras pessoas como filhas de Deus, a palavra grega é outra, como em Jo 1.12 (teknia). Jesus é Filho por natureza, não por adoção nem produção.
Jesus Cristo é o Advogado junto ao Pai (I Jo 2.1).
Jesus Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10).
Jesus Cristo é o Logos que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.1, 14). Logos é a Palavra eterna e dinâmica de Deus. Jesus Cristo é essa Palavra ou “Verbo vivo” (I Jo 1.1-4, 10).
Quem conhece a Jesus Cristo como o Filho de Deus conhece a Deus Pai como Deus Verdadeiro e recebe a vida eterna (Jo 17.3).
Jesus Cristo é Superior aos anjos (Hb 1.5-14).
Jesus Cristo é Superior a Moisés e sua Lei (Hb 3.1-6).
Jesus Cristo é Superior ao Sacerdócio estabelecido por Deus em Israel (Hb 7).
Jesus Cristo é a luz do mundo, a luz verdadeira, a luz que resplandece nas trevas, a luz que ilumina a todo homem, a luz testificada por João Batista, dentre outros (Jo 1.4-9; 8.12). Quando a Bíblia diz que os discípulos de Cristo são a luz do mundo, isso tem o sentido de testemunho público da única fonte de luz verdadeira, que é Jesus, o Cristo (Mt 5.13-16).
Como o homem pecou (transgrediu a lei de Deus), o Pai enviou Seu Filho para perdão de pecados, o que Ele fez derramando Seu sangue. O amor e a justiça de Deus se encontraram na Cruz.
Portanto, a única maneira de acessar a Deus é por meio de nosso SENHOR Jesus Cristo. Não há outro caminho.
[1] Os textos de Jó são poéticos.
[2] A menção ao “Deus dos deuses” não deve ser tomada como entendimento da existência de vários deuses, pois outros e abundantes textos declaram existir um só Deus. Essa expressão aponta, de maneira poética, para a supremacia de Deus sobre as idéias politeístas. A esse respeito é bom ler I Co 8.4-6.

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Para pensar:

Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Bases de Fé

Creio:
Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade.
Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.