quinta-feira, 3 de abril de 2008

O pecado de Jonas não foi a covardia

Você já deve ter ouvido alguém dizer que Jonas foi um covarde, e que por isso não quis partir para Nínive. No entanto, a leitura do Livro de Jonas revela um homem que podia ser tudo, menos covarde.
Jonas foi desobediente, o que também não ajuda muito sua condição. Ele desobedeceu porque, mesmo tendo uma mensagem de juízo para os ninivitas, imaginava que um eventual arrependimento faria com que Deus os perdoasse.
Jonas relutava porque não queria ver a salvação daquele povo, cuja fama era a pior possível - a crueldade dos ninivitas era o pecado que Jonas não queria ver perdoado. Quando aprisionava inimigos, os ninivitas faziam coisas terríveis, torturavam, expunham à humilhação total, excediam em muito o direito do vencedor sobre o vencido. Hoje diríamos que eles cometiam "crimes de guerra".
Nínive era a capital da Assíria, adversária de Israel, nação que dominou o mundo por um tempo. Foram os assírios que mais tarde derrubaram o rei de Israel e tomaram Samaria. Eles não dominaram Judá porque Deus não deixou.
O profetinha Jonas é uma figura a ser estudada com afinco. Não teve medo de enfrentar a fúria do mar - e por isso não foi covarde - porque em sua obstinação queria ver o julgamento de Deus sobre um povo de quem não gostava. Eis um homem intrigante, de emoções politicamente incorretas, cujo exemplo não deve ser jamais imitado - porque Deus é amor -, mas que merece atenção pelo fato de parecer muito conosco.
Sim, Jonas parece conosco. Ele, no seu íntimo, no escondido, demonstrava quem de fato era. Chegou a se entristecer e pedir a morte só porque Deus Se mostrou gracioso para com um povo ruim. Ele se achava melhor. Ele revelou seus pensamentos e seu descontentamento diante do plano que sabia ser de Deus. Jonas não era um ignorante da Palavra. Na verdade, a Palavra era tão clara a seus olhos que mexia profundamente com suas intenções e emoções.
Temos muito desse Jonas dentro de nós, e revelamos isso todas as vezes em que, no íntimo e no escondido, mesmo conhecendo a Palavra de Deus, relutamos em cumprir Seus propósitos por causa de algum pensamento pessoal e não bíblico.
Que o SENHOR tenha misericórdia de nós - como teve de Jonas, e dos ninivitas.

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Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
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Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.