Uma das metáforas para igreja ou povo de Deus é a do rebanho de ovelhas, amplamente usado na Bíblia. Isso tem que ver, de um lado, com a fragilidade da ovelha, e, de outro, com a responsabilidade do pastor em alimentá-la e protegê-la. No entanto, parece que muitos querem tratar a igreja como um curral eleitoral.
As igrejas não podem servir de palanque para quem quer que seja. No máximo, se houver um membro candidato a algum cargo público eletivo, o pastor deve apresentá-lo à intercessão dos santos, como se faz com pedidos de oração por emprego, concurso, casamento, criação de empresa etc. Mas daí a fazer campanha junto ao púlpito há uma grande diferença!
Sou terminantemente contrário a) ao uso das instalações físicas da igreja para fazer menção a campanha político-partidária; b) à distribuição de folhetos político-partidários dentro do templo ou em suas instalações; c) à defesa de determinados políticos, em detrimento de outros; d) à indução a que se vote neste ou naquele candidato; e) ao lançamento de "candidatos oficiais" da igreja, mediante aprovação prévia em comitês ou conselhos políticos; f) à apologia no sentido de que crente tem que votar em crente, como se isso estivesse escrito na Bíblia.
A igreja é rebanho de Deus, e não um curral eleitoral, expressão que se usa para caracterizar grupos dominados por um candidato que se impõe mediante troca de favores e manipulação das mentes.
Tenho dito.
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